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Livros escritos por mulheres: confira 9 indicações
Você tem o hábito da leitura na sua rotina? Se sim, quantas das últimas obras que você leu recentemente foram livros escritos por mulheres? Em um primeiro momento, você pode pensar que isso é uma bobeira e que você lê o que tiver afim: mas quando não escolhemos ativamente, tem alguém escolhendo por nós… e esse “dedo invisível” do mercado, em geral, te coloca em contato com muito mais obras de autoria masculina.
Para te ajudar a romper com esse ciclo e encontrar mais representatividade feminina nas suas leituras, trouxemos, neste post, 9 indicações de livros escritos por mulheres — não sem antes bater um papo sobre a importância desse movimento. Siga na leitura!
Tabela de conteúdo
Por que ler mais mulheres?
Você já parou para pensar que as mulheres correspondem a 50% da população mundial e, não necessariamente, a 50% das equipes de trabalho, dos cargos políticos, das obras literárias na sua estante — e muito mais?
Isso acontece porque, por muitos anos (e, em muitos casos, até hoje) as mulheres foram consideradas inferiores e eram relegadas ao trabalho doméstico ou operacional. Cargos de liderança e trabalhos acadêmicos ou criativos? Nem pensar.
Pode parecer que isso não interfere nas escolhas de leitura que você faz hoje mas, acredite, interfere sim. No ano de 2017, uma livraria nos Estados Unidos resolveu fazer um teste e virou ao contrário nas prateleiras todos os livros escritos por homens, de forma que suas lombadas ficavam para trás e as folhas, para frente. Resultado? A livraria ficou praticamente inteira branca.
Se você não está pensando ativamente nas escolhas que faz, acaba escolhendo o que está em maior evidência, ou seja, os autores masculinos. Enquanto isso, as mulheres vêm escrevendo de tudo um pouco: poesia, romance, ficção científica, suspense, obras não-ficcionais e muito mais. Já aproveite a nossa lista para anotar algumas indicações!
1. A garota no trem (Paula Hawkins)
Talvez você já tenha ouvido falar deste título ou até mesmo assistido ao filme, sem saber que ele é a adaptação de um livro de suspense daqueles que não dá vontade de largar. Na obra, conhecemos Rachel, a protagonista, que está vivendo um momento bastante turbulento de sua vida: além de estar recém divorciada (e não ter superado esse término), ela perdeu o emprego e continua fingindo trabalhar, para sua amiga com quem divide apartamento.
Nessa saga, ela pega todos os dias o mesmo trem que pegava para ir ao trabalho — trem este que passa em frente à sua antiga casa, na qual morava com o marido e a qual hoje ele divide com sua nova esposa e a filhinha do casal. Além dessa casa, no entanto, Rachel também passa a observar obsessivamente a do lado, na qual mora outro casal, sobre o qual ela inventou toda uma história na cabeça.
Se sua vida já estava de cabeça pra baixo até então, tudo vai piorar: a moça que ela insistentemente observa vai desaparecer, um dia após ter sido vista por Rachel com outro homem que, na cabeça da protagonista, se torna o principal suspeito. É assim que ela resolve se meter nessa investigação e acaba mergulhando de cabeça numa história extremamente complicada (como se a sua vida já não estivesse difícil o suficiente).
Se você gosta de um bom livro de suspense, cheio de camadas e com reviravoltas a todo o momento, não pode deixar de dar uma chance à obra de Paula!
2. A filha perdida (Elena Ferrante)
Elena Ferrante é, na verdade, o pseudônimo de uma misteriosa escritora italiana que não revela sua verdadeira identidade, identidade esta que definitivamente não falta aos seus livros, e foi isso o que a tornou uma febre mundial.
Sua série de livros conhecida como tetralogia napolitana ganhou tanto destaque entre as leitoras que passou a ser considerada o Harry Potter da mulher adulta. Para essa indicação, no entanto, preferimos selecionar um livro solo que talvez já esteja em seu radar porque também ganhou uma adaptação cinematográfica (bastante recente, aliás), protagonizada por Olivia Colman.
O livro conta a história de Leda, uma professora universitária de meia idade que resolve tirar férias na praia para aproveitar a liberdade que lhe foi devolvida agora que suas filhas estão criadas e se mudaram para morar com o pai em outro país.
A maternidade e suas questões, no entanto, não saem de sua cabeça, e se tornam o tema central do livro, especialmente quando ela começa a reparar obsessivamente na família que passa os dias ao seu lado na praia.
Em um certo dia, Elena, a criança, perde sua bonequinha (que tratava como filha) e enquanto isso gera um desconforto imenso para a família — ao qual Leda assiste de camarote, se envolvendo com a situação muito mais do que seria considerado saudável.
3. A pediatra (Andréa Del Fuego)
Se você tivesse que imaginar a pediatra dos seus sonhos, certamente não imaginaria Cecília. Os pais costumam procurar nessa figura, afinal de contas, uma pessoa acolhedora, que conquista as crianças e tem toda a calma do mundo para tirar dúvidas, além de competência médica, é claro — e esse não é o caso da protagonista criada pela escritora brasileira Andréa Del Fuego.
Cecília é uma mulher sem nenhum instinto maternal, nenhum apreço pelos pequenos e tampouco uma grande paixão pela medicina: era cômodo para ela seguir o caminho já pavilhado pelo seu pai. Além de atender no seu próprio consultório, ela é neonatologista em uma maternidade, e esse é o trabalho que prefere: analisar rapidamente os sinais vitais de mais um recém-nascido e se envolver pouquíssimo com a família.
Acontece que os tempos estão mudando e trazendo “novidades” que Cecília detesta: parto natural e práticas de medicina alternativa. Sua falta de paciência com a nova busca das famílias, no entanto, começa a ameaçar sua posição: agora as parturientes só querem saber de Jaime, o pediatra yogi, vegano, atencioso e good vibes.
Enquanto acompanhamos o intenso desprezo da personagem por esse universo e, ao mesmo tempo, suas tentativas equivocadíssimas de se reocupar seu lugar, acessamos também sua vida pessoal e seus mais loucos delírios particulares.
4. Pachinko (Min Jin Lee)
Aqui no Brasil, pouco estudamos sobre a história dos países orientais, mas a boa notícia é que a literatura pode te fazer viajar tanto geograficamente como no tempo, e o que Min Jin Lee faz em Pachinko é falar, por meio de gerações de uma mesma família, sobre a ocupação japonesa na Coréia no início do século 20 e sua evolução até os dias de hoje.
O gatilho para que a escritora escrevesse sua história veio da notícia de um adolescente de ascendência coreana que cometeu suicídio por conta da rejeição e do imenso bullying que sofria na escola.
O trabalho de Min Jin Lee, portanto, visa revisitar a história dos coreanos no Japão desde a primeira grande migração, em 1904, após a ocupação da Coreia, e mostrar como, até os dias de hoje, eles são relegados às margens da sociedade.
Para além de um grande apanhado histórico, Pachinko traz personagens femininas extremamente fortes.
5. A metade perdida (Brit Bennett)
O livro de Brit Bennett conta a história de duas irmãs gêmeas, Desirée e Stella Vignes, que nasceram em uma comunidade negra no extremo Sul dos Estados Unidos cujo objetivo era o clareamento das gerações futuras. Sim: a pauta principal da escritora, nessa obra, é o colorismo e seu impacto na vida de pessoas negras.
Ao fugirem de casa aos 16 anos para descobrir novas possibilidades, cada uma das irmãs acaba tomando um rumo diferente na vida: enquanto Desirée se relaciona com um homem negro de pele escura, Stella resolve aproveitar a cor clara de sua pele para se passar por branca e construir uma nova vida — deixando, para isso, toda a sua origem para trás. A história, que se passa entre as décadas de 1950 e 1990, é um prato cheio para refletir, se emocionar e virar as páginas sem parar.
6. Ecologia (Joana Bértholo)
Como seria o mundo e a comunicação se precisássemos pagar para usar as palavras? A proposta da escritora portuguesa Joana Bértholo em Ecologia é, justamente, desvendar essa hipótese. No livro, ela faz uma intensa e irônica crítica ao capitalismo desenfreado que busca, o tempo todo, transformar tudo em produto — inclusive os indivíduos.
A história tem capítulos curtos que fluem extremamente rápido e no qual conhecemos diferentes personagens, que experimentam as novidades dessa sociedade em diferentes contextos sociais e de vida. A autora ainda trabalha muita experimentação literária, o que vai te fazer deparar, vez ou outra, com imagens e QR Codes em meio ao texto.
Se cada uma dessas palavras custasse uma determinada soma de dinheiro… esse texto certamente seria mais curto e os livros, muito possivelmente, deixariam de existir. Para entender mais sobre isso, no entanto, é preciso ler a obra de Joana!
7. Açúcar queimado (Avni Doshi)
Relações conturbadas entre mães e filhas são um assunto recorrente em obras de ficção, e por isso não poderia faltar nessa lista um livro que fala sobre esse assunto. Na história, acompanhamos o dilema de Antara, uma jovem recém casada que guarda inúmeros ressentimentos em relação à sua mãe e se vê, novamente, interpelada por ela, que passou a apresentar sinais de demência e precisa ser cuidada.
Como cuidar de uma pessoa pela qual você nunca se sentiu cuidada de verdade? É isso o que a personagem tenta descobrir enquanto reflete sobre toda a sua vida e as escolhas equivocadas que sua mãe fez e que prejudicaram sua segurança e seu bem-estar enquanto crescia. Açúcar queimado é um livro fortíssimo, para quem está querendo refletir sobre assuntos recheados de tabu.
8. Belo mundo, onde você está (Sally Rooney)
Sally Rooney é um dos grandes nomes da literatura contemporânea européia, e Belo mundo, onde você está é seu terceiro romance. Sua obra fala, essencialmente, sobre as dificuldades de comunicação, compreensão e autoconhecimento dos tempos atuais — tão conectados e, ao mesmo tempo, vazios de sentido.
Nessa história, conhecemos Eileen e Alice, duas amigas que vivem momentos diferentes de sua vida mas tentam manter o contato por meio de e-mails periódicos que trazem tanto atualizações sobre a rotina quanto intensas reflexões e filosofias sobre o que é viver nos tempos atuais.
9. Nove desconhecidos (Liane Moriarty)
Você talvez já tenha ouvido falar de Nove desconhecidos, que ganhou uma adaptação para série na Amazon Prime — e mesmo se você já tiver assistido, saiba que a leitura vale muito a pena.
Na história, acompanhamos nove personagens que, por diferentes motivos, se encontram em um SPA extremamente isolado e famoso por utilizar métodos inovadores e secretos no tratamento de seus pacientes.
Na narrativa de Liane mergulhamos intensamente na cabeça de cada um deles, já que o livro oferece os diferentes pontos de vista e é montando esse quebra-cabeça de percepções que vamos entendendo não só o contexto de cada um deles como as surpresas que a dona do SPA preparou para o grupo. A dica? Separe um tempo bom para ler, porque você não vai conseguir parar de virar as páginas.
E falando em ler, para além dos livros você pode adicionar também na sua rotina a leitura do blog da CCM! Aqui falamos sobre os mais diversos assuntos relacionados a bem-estar, estilo de vida, alimentação, exercício físico, moda e muito mais. E se você quer receber os conteúdos diretamente em sua caixa de entrada, é só se inscrever na newsletter, preenchendo o formulário abaixo.
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